Na sola dos teus pés
encontro-me
pisoteada
dizimando as afeições
putrificando as saídas da máquina desejante
conspurcando os sonhos
infeccionando as feridas
que deixaste invadirem meus tecidos corporais
em processo de supuração,
ao passo que parasitas
multiplicaram por divisão binária
destruindo minhas hemácias
que um dia te transportaram, meu oxigênio
Hoje, corpo sem órgão
sem amor
no céu da tua boca
encontro-me
bucólica
versificando a vida
hipersensibilizando o riso
entorpecendo os estorvos
homogeneizando o tempo
até alcançar resiliência
e transbordar estonteantemente afeto
capaz de transmiti-lo a ti no vácuo,
como uma impetuosa
onda eletromagnética oscilando em fases,
enquanto regurgito
minha ilha de sentimentos
decorrente do
pequeno sequestro de vitalidade social,
e a transformo em arquipélago
para vivermos intensamente
o compartilhamento
de energia vital
Amanhã, com amor
Amei, extremamente profundo e poético ao mesmo tempo.
Meus parabéns.
Beijos.
Alex
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Uma palavra: wow!
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Interessante a maneira como você fez um poema utilizando termos da fisiologia. Ficou bem diferente, algo marcante, com certa agressividade nas palavras. Parabéns pelo trabalho.
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Maravilhoso! Muita intensidade!
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Que jeito interessante de ver! Cá sensação… 🙂
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muito bom! =)
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Esse modo de “embolar” fisiologia com poesia ficou muito bom!
Parabéns!
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Que lindooo.
Um poema Bruto que te joga na cara aquilo o que quer transmitir, me vez lembra de Augusto dos Anjos (não só esse mais muito outros em seu blog 😛 ) pelo uso de palavras, digamos, um pouco não convencional, adorei, Parabéns
XXX
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Interessante e diferente !
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“versificando a vida”
É o que fazemos para os outros.
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Bem trabalho de versificação de seu mundo interior.
Muito legal!
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Uaau!
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Sofrimento e reinvenção de si mesmo…
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Larissa, obrigada por esse encontro poético.
Uma floração anatômica aos olhos.
Abraços,
Fernanda Fraga.
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Poeta, leio seus versos como se fossem meus. Obrigada.
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